Século 21 - A SÍNDROME DO IMPERADOR.
Pv.
3: 12 - Porque
o SENHOR repreende a quem ama, assim como o pai, ao filho a quem quer bem.
Todos nós conhecemos uma criança desse jeito: Escolhe o que vai comer, o lugar das
férias, o programa de tv, o horário para dormir, o programa do final de semana
e por ai vai. Com atitude assustadora, agride psicologicamente os pais e evidencia
pouca capacidade de se colocar no lugar do outro, sentir misericórdia ou
culpa. É aquela criança que transforma em lei seus obstinações e ai
de quem não a obedeça! As sequelas são agressões e pirraças aterrorizantes que causam constrangimento.
O
fenômeno é chamado de “Síndrome do Imperador”, uma referência ao tipo de
relacionamento entre a criança e os encarregados de sua educação. É um padrão de interação onde as crianças
aprendem a controlar o adulto, fazendo o obedecer e cumprir as suas exigências.
São crianças egocêntricas, com baixa tolerância à frustração, e que
não parecem ter aprendido (ou estar aprendendo) a se autorregular e controlar
suas emoções.
Enquanto
alguns podem apontar causas genéticas para e "personalidade
dominante", muitos pesquisadores concordam que a explicação mais incisiva
para este tipo de comportamento está na família e na sociedade, isto a
Bíblia nos ensina.
· Pv. 23: 13,14 - Não retires da criança a
disciplina, pois, se a fustigares com a vara, não morrerá. Tu a fustigarás com
a vara e livrarás a sua alma do inferno.
Trocando
em miúdos: falta nos pais a disponibilidade
para educar e estabelecer normas e limites. A culpa por não ter tempo
suficiente para criar os próprios filhos gera nos pais uma tendência de ceder
em tudo. Ser consistente na educação dos filhos não é tarefa fácil. Muitas
vezes é mais fácil ceder do que se manter firme sobre o que foi combinado,
sobre o que é certo e errado, não há espaço para o que é razoável.
Alguns
pais até temem exercer autoridade. Foram criados com muita rigidez, e quer
agora, com seus próprios filhos, construir uma relação de
"camaradagem". Exercer autoridade de pai e mãe, dar limites,
estabelecer as regras da casa, distribuir tarefas aos filhos, não é autoritarismo.
As crianças precisam de regras, elas lhes dão segurança, eles precisam de
limites para aprender a respeitar a si mesmas e ao próximo.
· Pv. 29: 15 - A vara e a disciplina dão
sabedoria, mas a criança entregue a si mesma vem a envergonhar a sua mãe.
·
Pv.
10:17 - O
caminho para a vida é de quem guarda o ensino, mas o que abandona a repreensão
anda errado.
Pais
inseguros ensinam seus filhos, erradamente, que todos os limites são
negociáveis. E assim as crianças com esta epidemia “negociam” usando de acessos
de raiva, agressão física ou se valendo de uma arma mais pesada
ainda: chantageiam insinuando que seus pais não são bons o suficiente e
que por isso vão deixar de amá-los. Este problema chega às salas de aula, e os professores se
veem sozinhos na tarefa de educar e são até repreendidos quando tentam colocar
limites nos pequenos "donos do mundo"; há pais que defendem os erros
dos próprios filhos.
· Pv. 22: 15 – A insensatez está ligada ao coração
da criança, mas a vara da disciplina a livrará dela.
A
sociedade por sua vez, autentica uma doutrina moral que
prisma pela busca do prazer como o único propósito da vida,
como se fosse possível fazermos tudo o que queremos sem assumir obrigações em
nossa caminhada diária. Não podemos pensar que a vida é apenas prazer e
diversão, isto é consequência. Como se não fosse preciso contrair nenhum tipo
de responsabilidade ou fazer esforço algum para obter conquistas e privilégios.
Para
formar crianças, adolescentes e finalmente adultos equilibrados, é preciso começar
cedo, é preciso ensinar a Palavra ainda no ventre materno, não podemos jamais
subestimar a capacidade de inteligência do bebe no útero da mãe. Isto é um
princípio Bíblico.
· Pv. 22: 6 - Ensina a criança no caminho em que
deve andar, e, ainda quando for velho, não se desviará dele.
Esta
tarefa pode parecer difícil em sua implantação, mas será muito mais difícil no
futuro quando os filhos forem adultos irresponsáveis, presunçosos,
desequilibrados emocionalmente. É preciso investir tempo para dar amor e para
estabelecer hábitos afetivos, limites saudáveis. É preciso exercer paciência (Fruto do Espírito), homens e mulheres que passaram a vida sem gerar filhos, e ainda os querem, devem pensar e analisar se a essa altura do campeonato estão dispostos a abrir mão do seu estilo de vida, para começar outro; será que estão de fato preparados para isso? "Filhos não dá trabalho, filhos dão frutos". Mas, arar, semear, regar e cuidar demanda tempo, forças, vigor e habilidades.
É preciso permitir que os
filhos experimentem pequenas frustrações para que eles aprendam a suportá-las,
ensiná-los a se comprometer e a se esforçar pelas suas metas, isto é deixá-los
crescer; e não podemos nos esquecer que: "crescer causa dor". Educar não é fácil, mas é necessário e os investimentos
realizados na vida de nossos filhos ainda pequenos serão, com toda
certeza, colhidos no futuro próximo.
· Pv. 13: 24 - O que retém a vara aborrece a seu
filho, mas o que o ama, cedo, o disciplina.
Esta explanação é uma
adaptação livre do texto - "Hijos
Mandones - Síndrome del Emperador"